terça-feira, 23 de dezembro de 2008

OS MAIORAIS



coordenação oficina video participativo:
Luciano Spinelli

Participantes:
Os Maiorais

Trilha Sonora:
Folizz al Mahad Guelabeatshemprezents

Porto Alegre / dez 08

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

SEM PERDÃO.



Participantes da oficina:
Muralha Rubro Negra

Fotos:
Choque Photos

Trilha Sonora :
Armagedon

Coordenação Produção :
Instituto Trocando Ideia

Assistentes:
Tedfunkstyle
Alemão

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Projeto Xarpi Escrita Noturna

A inclusão da pixação na complexa linguagem urbana pós-moderna , integra as formas contemporâneas de comunicação social, sendo herdeira legítima de uma cultura visual de massa, passível de leitura e de compreensão subjetiva para quem a observa, interpreta e lhe atribui significado.

O antropólogo Massimo Canevacci assim define as letras usadas na pichação: “Essas letras têm o jogo – ou o arabesco, como muito adequadamente foi definido – dos rabiscos próprios da verdadeira escrita árabe, com sua exigência quase exagerada de entrelaçamentos que constroem cifras, bordados, heras; e também a seriedade do alfabeto gótico, feito de signos convexos e côncavos, de ângulos agudos, de improvisadas acelerações, com subidas e descidas dos signos. Talvez seja devido a esta matriz obscura e misturada – simultaneamente árabe e gótica, quase o máximo da incompreensibilidade – que raramente se compreenda o sentido desses grafites”*. Antes de comunicar uma mensagem, a pixação é a marca de uma pessoa, de um grupo, da existência de alguém, de muitos escritores “anônimos” que são vistos por toda a cidade. O fato de já serem vistos é suficiente para que continuem as exposições de suas marcas na apropriação simbólica do ambiente em que vivem. Para com a população em geral e o Estado em particular, a pichação integra o fenômeno de poluição visual inerente às grandes cidades ,e constitui um código à margem e “sem regra”.

A pichação pode ser causa de um sentimento de medo e de insegurança devido a fatores como: sua forma estética que compõe um código lingüístico secreto acessível somente para iniciados; à sua presença totalitária e constantemente impregnada ao mobiliário urbano; à sua reprodução contínua e prolongada de modo misterioso durante a madrugada; a existência fantasmagórica do pichador que nunca é visto deixando apenas seus rastros .
...........................

A politica repressiva que incentiva a "denuncia" "delaçao" e outras formas de paranoia social, faz lembrar a ditadura "meu vizinho e revolucionario, mata ele tio!".
Essa politica nao vai permitir controlar a pixaçao , talvez apenas colocar por um dia ou dois um pixador na delegacia e acentue um "medo" que sò faz dar mais adrenalina a atividade .
Essa politca nos faz lembrar de uma frase do sociologo e chefe da policia do Rio, Luiz Eduardo Soares, no documentario Noticias de Uma Guerra Particular "enquanto o estado estiver presente na favela unicamente com seu aparato repressivo, nada pode ser feito para reverter essa situaçao (questao do trafico)" que ilustra bem a discussão que queremos fazer acerca dos espaços da cidade .

Não discutiremos o que esta tao em voga , uma repressão midiatica , imediatista , graffiti é bom e pichação é ruim , o bem eo mal , tão pouco o fato dessa escrita urbana caracterizar ou não uma forma de arte ou vandalismo, mesmo procurando reconhecer que a letra e única, brasileira , do mobiliario urbano.

É de nosso interesse organizar a discussão , de forma a ser propositiva em relaçao a politicas públicas.

Falamos em abordando a pertinencia de uma politica de incentivo artistico, uma profissionalizaçao do jovem com acesso e dominio de uma cultura visual (graffiti e video e fotografia e serigrafia), da qualificação dos espaços publicos pra juventude, da oferta e das condições de lazer cultura diversão e aprendizado fora da escola formal.

Oficina/Atelie de video participativo
aprendizado tecnicas de filmagem

Objetivos da atividade:

Focalizar a expressão na rua, a comunicação visual e a pixação, com pretensão de ler cidade com um outro olhar.
Abordar a pixação em si e a intervenção visual urbana como um todo .

Ficha Tecnica
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Curadoria : Fabiana Menini
Coordenação de atividades: Luciano Spinelli
Convidados :
Pamela Castro /Anarkia - coordenadora na OEA de politica das artes juvenis
Luciano Spinelli – Formado em Jornalismo e sociologia e Doutorando na Sorbonne tema Estetica Pixação Brasileira
Fabiana Menini – Produtora Cultural, presidente Instituto Trocando Ideia
Pixobomb – artista e ativista
Choque - Fotografo

Produção Executiva : Instituto Trocando Ideia
Coordenação de Produção: JW
Assistentes de Produção: Tedfunkstyle , tor.vi e Alemão

choquephotos

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Nota a Imprensa

O Projeto Xarpi - uma escrita noturna abrangeu, em seu processo pedagogico, uma oficina de vídeo participativo e um colóquio. A oficina aconteceu de 6 a 12 deste dezembro, pelas ruas de Porto Alegre e em um estúdio de edição de imagens. Os participantes foram 10 , com idades entre 18 e 26 anos e atuação no espaço urbano.
Sob a curadoria de Fabiana Menini, coordenação de atividades de Luciano Spinelli e tendo como participantes convidados Anarkia , Choque , Val Afrochicano e Pixobomb, o projeto fechou com 3 horas de conversa sob o tema estética da letra da pixação brasileira, que é pesquisa de doutorando , na Sorbonne, de Spinelli .

O projeto Xarpi - uma escrita noturna pretendeu sempre provocar novos olhares em relação à cidade, sendo ele um processo pedagógico que nao se resume no ato artistico , mas inclui também discussão, que informa jovens de seus direitos. É uma discussão que nao pode ser moralista , higienizadora e punitiva , pois essa visão punitiva nao tem resultado esperado , os jovens nao deixam de se manifestar , e como a manifestação muitas vezes é ilegal, a sociedade tambem vê ilegalidades.

Nosso processo viu tipos de vida, através do ato artistico e da observação da sociedade, discutiu a importância da liberdade de expressão de jovens que realizam intervenção urbana e o protagonismo que o Brasil vem alcançando diante do segmento das artes contemporâneas devido a sua repesentação global.


( depoimento)
Enquanto acontecia a pintura e filmagem do documentario , a ação na rua.......um jovem jornalista observava e seu camera filmava de campana a intervenção do outdoor, quando a gente começou a recolher as cameras, a bagulhama toda e comemorar que estava FEITO È ISSSSSSSSSS chegou a guarda municipal ( e logo o jovem jornalista e seu cinegrafista) a guarda verificou a documentação do projeto, as autorizações, os documentos , olhou tudo e libero
e o jovem jornalista entrevistou a fabiana
ó era pauta para caderno de cultura, claro que depende da abrangencia e da compressão, jovens jornalista as vezes , são so jovens jornalistas

( FINAL)


Reafirmamos a legalidade do projeto, que a intervenção fora do outdoor nao estava autorizada , nao havia sido feita com nossa participação ou aprovação, e que nossa proposta de trabalho foi discutida com os participantes que se comprometeram com a ação artistica proposta.
Nesse processo renovamos nossa crença que precisamos , sim , sair do paradigma da "repressão" para pensar a segurança pública na cidade e nas ruas como espaços de convivência e criação e, em especial, as juventudes produtoras de arte e in(ter)venção!!!!

Jornal Bom dia Rio Grande- RBSTV

domingo, 14 de dezembro de 2008

LIBERDADE para CAROL SUSTOS

Caros artivistas do Brasil e do mundo
Voces estao informados de um dos resultados da Bienal Internacional de Sao Paulo que se encerrou ?
Uma mulher autodenominada pixadora estah presa, ameaçada de permanecer encarcerada por até tres anos. Caroline Sustos foi uma das integrantes do grupo de pixadores que invadiu a mostra. As paredes foram pixadas e repintadas e a mostra nao foi prejudicada. Independente da discussao estética, se a pichaçao é ou nao arte, se se justifica ou nao, a atuaçao deste grupo ao invadir o predio da Bienal com um grupo de pixadores, foi também um ato expressivo, foi inequivocamente uma
manifestaçao cultural que poderia, deveria ser discutida, avaliada,
rejeitada e mesmo eventualmente contida. Que tenha como resultado a detençao de uma mulher apresenta-se como lamentavel e inaceitavel para as instituiçoes publicas de Sao Paulo.
Especialmente, a Bienal de Sao Paulo nao deve participar de um ato
repressivo que resulte na detençao de Caroline Sustos (como assina seus
autos de prisão) em suma, em mais uma pessoa encarcerada por motivos muito discutiveis. Pode-se sim considerar, ao contrario, que a proposta do curador Ivo Mesquita em manter um andar da exposiçao
vazio, para um exercicio de reflexao sobre todas as Bienais do mundo, como afirmou, foi devidamente respondida por este grupo de pixadores. Esta resposta representa uma pulsao de uma cidade !
A historia tem demonstrado que inumeras vezes os criticos, curadores e
historiadores equivocam-se diante de manifestaçoes artisticas inusitadas. A Bienal de Sao Paulo teria muito a ganhar se o andar vazio tivesse sido, apos esta invasao, voluntariamente oferecido aos pixadores e grafiteiros de Sao Paulo que alias projetaram sua arte internacionalmente. O fato da pixaçao nao ser validada e legitimada pode tambem representar uma ausencia de reflexao de criticos e historiadores diante de um fenomeno contemporaneo que escapa de nossos paradigmas habituais.
A abertura da Bienal teria sido um gesto inedito de reconhecimento por uma instituiçao artistica, de uma forma expressiva que se espalhou por toda a cidade e nao pode ser simplesmente ignorada. Uma discussao ampla e bem informada sobre o fenomeno cultural da pixaçao é relevante desde que na medida em que nao é validado enquanto expressao artistica pode ser considerado como vandalismo e justificar repressao.
Diante de todo o exposto, proponho que seja organizado um protesto, seja presencial seja virtual, por todos os meios possiveis, convocando artivistas sejam brasileiros sejam internacionais no sentido de convocarmos nossas energias para que esta mulher seja liberada o quanto antes.
Aqueles dentre nos que possam acessar jornalistas, advogados, promotores de justiça, politicos, professores, estudantes, todos que puderem de algum modo interferir favor reenviarem esta mensagem e solicitar solidariedade.
Aqueles que puderem traduzir este protesto para outras linguas e enviar para grupos de discussao e instituiçoes estrangeiras favor engajarem-se o quanto antes.
Divulguem este protesto, disseminem esta idéia para que Caroline seja
libertada o quanto antes e para que as instituiçoes artisticas e culturais
brasileiras nao se tornem cumplices neste cerceamento da liberdade e da
expressao.

Artur Matuck
Artista plastico, escritor e professor da Universidade de Sao Paulo

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Material Grafico do projeto Xarpi




ChoquePhotos